quarta-feira, 15 de outubro de 2008

As rebeliões na América Ibérica

Marília Pacheco , aluna do Colégio Batista Mineiro, 7ª série.












VICENTINO, Cláudia, Projeto Radix: 7ª série. SP Scipione, 2005 (págs.61 a 66)

• Resistência e revolta no antigo regime colonial.

As restrições impostas pelas metrópoles às colônias, não foram facilmente aceitas pela população. Várias revoltas foram organizadas por diferentes grupos da sociedade colonial, que questionavam o domínio metropolitano sobre as terras americanas.
Os primeiros grupos a expressar sua revolta foram os indígenas e os negros vindos da África, que não aceitavam a destruturação de suas formas de vida e muito menos a sujeição que lhes imporá.
Além desses povos, outros grupos locais coloniais, confrontaram as normas metropolitanas, Nos séculos XVII e XVIII, diversos movimentos, ocorridos na América, passaram a questionar essa ordem. Porém a estrutura do antigo regime colonial continuava a funcionar. Apenas no final do século XVII, as rebeliões tornaram-se mais marcantes, na proposta de ruptura da ordem colonial.

• Algumas rebeliões coloniais da América Portuguesa.

A Revolta dos Beckman (Maranhão, 1684): a economia do Maranhão, no século XVII, apoiava-se na exploração de drogas do sertão e na pequena lavoura. Como os colonos não tinham recursos para comprar escravos africanos, recorriam à escravização indígena.
Para incentivas a colonização, a Coroa Portuguesa criou, em 1682 a companhia de Comércio do Maranhão. Sua função seria vender produtos europeus, comprar o que os colonos produziam e conseguir 500 escravos por ano.
A Companhia, entretanto vendia seus produtos por preços altíssimos, comprava os artigos dos colonos por preços a baixo e não cumpriam o acordo sobre os escravos.
Isso levou os colonos se rebelarem, extinguindo assim a companhia. Isso levou os colonos se rebelarem, extinguindo assim a companhia.

A Guerra dos Emboabas (Minas Gerais, 1707-1709): julgando-se com direito exclusivo sobre as áreas mineradoras, os paulistas maltratavam os “emboabas”.
Sob a liderança de Manuel Nunes Viana, os emboabas enfrentaram os paulistas em vários combates e em um deles massacraram 300 desses mesmos.
Em 1709, o governo português interveio, separando as capitanias do Rio de Janeiro das de São Paulo e Minas Gerais. Logo após os bandeirantes conquistaram novamente suas minas, mas muitos partiram para Goiás e Mato Grosso.

A Guerra dos Mascates (Pernambuco, 1710-1711): desde a expulsão dos holandeses no Nordeste, e a decadência da economia açucareira, Olinda vivia em dificuldades economicamente. Já Recife, através do intenso comércio (mascates) prosperava.
Em 1709, os comerciantes de Recife conseguiram da Coroa, a autonomia local e criaram o pelourinho. Em 1710, quando seriam desmarcados os novos limites entre as vilas, os olindenses invadiram Recife e derrubaram o pelourinho.
O governador de Pernambuco, simpático aos “mascates” sofreu um atentado. Em resposta os recifenses atacaram Olinda, ampliando o conflito, que só teve fim em 1711, com vitória dos mascates.

A Revolta de Felipe dos Santos (Minas Gerais, 1720): a revolta começou quando o governo português proibiu em 1719, a circulação de ouro em pó, exigindo que fossem entregues às Casas de Fundição onde seriam transformados em barras quitados.
Sem soldados suficientes para por fim as manifestações, o governador prometeu atender às exigências dos mineiros.
Contudo o governador colocou os Dragões da Cavalaria contra os revoltosos e condenou Felipe dos Santos, um dos mais pobres à morte.
A metrópole conseguiu impor seus interesses à colônia. Manteve as Casas de Fundição e separou Minas Ferais da capitania d São Paulo, para controlar a região mineradora.

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